terça-feira, 29 de abril de 2008

Por que Paraty?

Essa é uma pergunta que muitos mergulhadores iniciantes fazem quando estão preparados para seu check-out, já que a opção mais próxima para mergulhar no litoral é Ubatuba, ou ainda Ilhabela ou Guarujá.
Bem... o mergulho é um esporte de descobertas, é o conhecer de um mundo novo, tão dinâmico, que a cada instante, a cada descida ao fundo, nos mostra coisas novas e diferentes, naquele mesmo ponto onde acabamos de mergulhar agora mesmo. Isso nos leva a buscar novos conhecimentos para podermos entender o como e o porquê das coisas e essas coisas estão diretamente relacionadas com o ambiente, com a região onde estamos, com a história.
Paraty é uma das cidades histórica mais antigas do Brasil e, caminhar por suas ruas de pedras nos leva de volta ao passado da colonização portuguesa. Sua arquitetura colonial é das mais belas já vistas, com paredes caiadas e portas e janelas de um colorido muito vivo e intenso. Para quem gosta de fazer fotos, é um prato cheio. A cidade foi povoada entre 1533 e 1560 e já foi sede do mais importante porto exportador de ouro do Brasil, durante o período colonial. Devido ao ouro, as costas de Paraty foram cenários de constantes batalhas navais entre os portugueses e corsários ingleses e franceses. Sem contar com a riqueza produzida pelo transporte de ouro, os habitantes da vila dedicam-se a partir do século XVII à produção de aguardente, que passou a ser chamada justamente de Parati. Em 1820 eram 150 destilarias em atividade e ainda hoje existem várias funcionando.
Desde 2003, Paraty se integra a um circuito de festivais literários que se realiza pelo mundo inteiro, em lugares tão diferentes entre si como Toronto, no Canadá, e Mântua, na Itália, devido à conceituada Feira Literária Internacional (FLIP). Outros eventos importantes que ocorrem na cidade são: Festival da Pinga, Festa do Divino Espírito Santo, Festa de Nossa Senhora dos Remédios e Festa de Santa Rita.
Porém, há muitos anos, Paraty vem sendo procurada por pessoas mais interessadas em seu mar, os mergulhadores. Suas águas, ideais para a prática do esporte, seduzem mergulhadores de todos os cantos do país e do exterior que, segundo estimativas locais, aproximam-se de cinco mil por ano. A calmaria e tranquilidade das águas tornam praticamente impossível abortar um mergulho.
O mundo subaquático de Paraty é formado por recifes, lajes e formações rochosas que terminam no fundo de areia. A temperatura da água é agradável, variando entre 18 e 28 graus. A visibilidade é, em média, de oito metros, mas pode oscilar de um ponto para o outro, dependendo das condições climáticas.
Com tantas vantagens, e uma região com profundidades entre 5 e 20 metros, Paraty tornou-se uma verdadeira escola, onde os mergulhadores dão os primeiros passos no esporte e tem, muitas vezes, o primeiro contato com os seres marinhos. Por ali são abundantes os pequenos peixes coloridos, que se escondem entre as tocas de pedras, os badejos, tartarugas, moréias, caranguejos-aranha e estrelas do mar. São poucos os corais, mas as pedras no fundo são repletas de esponjas.
Segundo estudo realizado pelo Projeto Golfinhos, existem 13 espécies diferentes de cetáceos (família das baleias e golfinhos) na região, mas apesar dessa biodiversidade, tornou-se cada vez mais difícil encontrar por ali um golfinho ou uma baleia, principalmente durante os anos em que a pesca de arrastão era permitida. O mesmo vale para peixes de passagem, como barracudas, xaréus e enchadas. Quando um mergulhador consegue avistar um desses animais, a comemoração é certa. Durante o nosso último check-out, tivemos a felicidade de constatar que eles estão voltando, pois nos vimos navegando em meio a um cardume de, aproximadamente, 50 golfinhos.
Os pontos mais visitados são os que ficam próximo à baía de Paraty: Ilha dos Ratos, Comprida, dos Ganchos e dos Meros. A Ilha Comprida é o ponto mais usado para o check-out de mergulho, devido à sua profundidade máxima de dez metros. Por ser bastante abrigada, tornou-se também o ponto ideal para quem quer fazer snorkeling, já que por ali a subida de peixinhos à superfície acontece a todo instante.
Na Ilha dos Ganchos, o grande atrativo é o tamanho. Por ser pequena, pode-se contornar toda a extensão em um mesmo mergulho. Na Ilha dos Ratos, a profundidade é de 11 metros e no fundo há rochas espalhadas e a presença de tartarugas passeando entre elas é freqüente.
Como a Ilha dos Meros é o ponto mais distante, a cerca de uma hora do cais de Paraty, é também o que oferece águas mais limpas. Suas areias brancas e as pedras escuras formam o cenário perfeito para abrigar animais maiores, como as arraias.
Perto dali, ficam a Laje dos Meros, com profundidades de 3 a 18 metros, e o Parcel dos Meros, um ponto de mergulho formado por duas pedras com distância de 150 metros entre elas e profundidade de até 25 metros. A região é perfeita para encontrar peixes maiores, mas é também indicada para mergulhadores mais experientes, devido a sua maior profundidade.
Como podem ver, Paraty não é só mais um local de mergulho. Além de jardim-da-infância de mergulhadores, é uma obra cultural histórica para levar a família a conhecer enquanto aguardamos o próximo dia de mergulho.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Curso de Mergulho para Alunos da Biologia USP


No final de semana de 19 e 20 de abril, a Blue Ocean esteve no Campus da USP de Ribeirão ministrando o curso Open Water Diver PADI aos alunos da Biologia da FFCLRP.
Além de ter sido um sucesso, o curso foi divertido, apesar da chuva que caiu sem parar.
O instrutor Paulão e o divemaster Guinão levantaram o astral da moçada da 1ª e 2ª turma de mergulhadores biólogos.
O curso foi oferecido aos alunos pela Associação Atlética aos seus sócios e não-sócios. As próximas turmas serão extendidas também aos alunos das outras faculdades do Campus Ribeirão.
Obrigado ao Ricardo, ao Avelino, ao César, ao Abel e a todo o pessoal pela oportunidade e pelo convite.
Um abração à todos.

Curso Conservação de Tartarugas Marinhas

A equipe do Projeto TAMAR – ICMBio (Base de Ubatuba), estará ministrando o curso Conservação de Tartarugas Marinhas, com aulas teóricas e práticas, conforme a seguinte programação:
  • DATA – 08 a 11 de maio de 2008
  • LOCAL: Aquário de Ubatuba / Projeto Tamar-ICMBio Ubatuba
  • HORÁRIO: Dia 08 - das 14:30 às 18:30 h (No Aquário de Ubatuba)
  • Dias 9 e 10 - das 8:30 às 12:30 h e das 14:30 às 18:30h
  • Dia 11 - das 8:30 às 12:30 h
As vagas são limitadas.
O conteúdo do curso compreende: Biologia das tartarugas, morfologia, fisiologia, identificação, distribuição espacial, comportamento reprodutivo, hábitos alimentares, orientação, Educação Ambiental e Ação Comunitária, Projetos, Ameaças e aspectos legais, Conservação de tartarugas marinhas no Brasil, conservação e desenvolvimento, marcação e soltura.
Mais informações no site do Aquário de Ubatuba.

Projeto TAMAR - 900 mil filhotes protegidos

Está na reta final a 28ª Temporada Reprodutiva das Tartarugas Marinhas, iniciada em setembro de 2007, nas bases de proteção e pesquisa do Projeto Tamar no continente brasileiro. De quando começou até março já foram liberados cerca de 750 mil filhotes ao mar. A expectativa é que a temporada se encerre, agora em abril, com aproximadamente 900 mil filhotes protegidos.
Em dezembro as tartarugas marinhas da espécie verde (Chelonia mydas) iniciaram suas atividades reprodutivas nas bases do Tamar situadas nas ilhas oceânicas de Trindade, Atol das Rocas e Fernando de Noronha. A temporada vai até junho próximo. Estima-se que serão protegidos aproximadamente 5.500 ninhos de tartarugas verdes.
As 16 bases de proteção às áreas de desova no continente monitoram aproximadamente 620 quilômetros de praias, espalhadas ao longo de cinco Estados brasileiros (Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte), onde se concentram as principais ocorrências reprodutivas de tartarugas marinhas.
O esforço de marcação resultou no flagrante, até março, de 1.070 fêmeas em processo reprodutivo. Destas, 732 foram encontradas pela primeira vez na praia e 338 já haviam sido abordadas anteriormente, em outras temporadas reprodutivas.
Graças à continuidade dos esforços de educação ambiental, envolvimento comunitário, disponibilidade de recursos e aprimoramento do monitoramento das praias, conseguiu-se manter cerca de 70% dos ninhos no local original de postura escolhido pela fêmea (ninhos in situ), estratégia de conservação considerada ideal para as desovas de tartarugas marinhas.
Somente os ninhos que corriam riscos de predação humana ou animal, ação da maré, ou localizados em áreas urbanizadas é que foram transferidos para os cercados de incubação, expostos às condições climáticas naturais, ou para trechos seguros de praia.
Os cercados de incubação, além de garantirem a proteção das desovas das tartarugas marinhas em risco, funcionam como ferramenta importante de educação ambiental, permitindo a participação e interatividade dos moradores e turistas nas atividades de conservação desenvolvidas pelo Tamar.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Blog da Blue Ocean

Olá pessoal...
A Blue Ocean está colocando à disposição de seus alunos, clientes e amigos este "blog", para que a turma possa trocar idéias, dicas, sugestões e comentários sobre mergulho.
Não deixem de visitar também o nosso site (www.blueoceanmergulho.com.br), onde você encontrará muita novidade e material sobre mergulho para ler e discutir.
Um abraço à todos e bons mergulhos...

Equipe Blue Ocean

Show de bola!!!!

Show de bola a viagem de mergulho do último final de semana!!!!
Direito a invasão de lontras na pousada, show de piadas com o Biguá (já valeu a viagem... kkkkk... e viva os mineirinhos... kkkk), ainda por cima bons mergulhos!!!!!
Realmente demais!!!!!
Valeu a pena cada minuto!!!!
Nem mesmo um par de pneus estourados conseguiu estragar... kkkkk
Que venham as próximas!!!!!!!
abraços